sexta-feira, 18 de julho de 2014

Coletiva de Imprensa

Após o término da Crise, quatro delegados foram convidados a responder algumas perguntas do Comitê de Imprensa: Nigéria e Egito, do ACNUR, e Geórgia e Síria, do SPECPOL.
CI: Gostaríamos de saber a opinião dos senhores sobre esse debate, visto que os senhores tiveram argumentos redundantes e entraram em um ciclo vicioso de debate. A resolução não se mostrou eficiente.
Nigéria: A questão dos Curdos é mais peculiar ao SPECPOL. Os principais envolvidos não entraram em consenso.
Geórgia: A ONU se mostrou ineficiente novamente. Essa resolução vai provocar um conflito arado na região.
CI: Os Senhores não perceberam que estavam perdendo tempo enquanto perdemos vidas?
Nigéria: Resoluções são recomendatórias, teríamos que mandar o documento de resolução para o CSNU e só ai a resolução seria mais rápida. Precisávamos também mandar cartas aos Chefes de Estado.
CI: Delegado da Síria, entre as nacionalidades dos sequestrados, havia apenas três reféns de países aliados, no caso, russos. O senhor acha que isso teve alguma influência para o senhor não ser flexível?

Síria: Realmente apenas a Rússia era aliada minha, porém não acho que teve influência pois eu poderia ter deixado o tempo se esgotar sem falar nada mas, em vez disso, procurei ajudar o comitê com tudo o Chefe De Estado me permitiu.

Estado Judeu recebe acusações

Mais uma vez, Israel viola os direitos humanitários da Palestina
Por: Maria Luiza Scalabrin e Heloisa Leme
Um dos últimos tópicos debatido no comitê foi o comprometimento de Israel e da Palestina em controlar as ações radicais dos grupos políticos extremistas. Após isso, foi proposta uma ideia que expressa parceria do Reino Unido, Nigéria e da Polônia com uma ONG (a mesma responsável por extinguir a fome no Malawi) que já sustenta projetos de paz na faixa de gaza.
Ainda neste documento de trabalho, foi retomado, por vários Delegados, que o comitê deveria focar no terrorismo, visto que se Israel e a Palestina não entrarem em um acordo, nenhum lado cessaria os ataques nem alcançaria o objetivo principal, que é assegurar a paz.

 Hoje (18), os Delegados trataram dos recursos hídricos. Já que Israel possui 80% do aquífero, solicitou-se que os dois países entrassem com um acordo igualitário e justo. Houve grande destaque do Delegado da Guiné, acusando Israel de destruir os poços de água da Palestina, de ser intolerante deixando-os morrerem de sede e receberem 70 litros de água por dia enquanto Israel recebe 300 litros. Isso comprova que Israel viola os direitos humanos dos palestinos. Alguns delegados concordaram que uma das soluções mais viáveis seria utilizar o rio Jordão, já outros não pelo fato dele, no momento, estar poluído e em estiagem.

Chefes de estados do Cáucaso sofrem ameaças

Foi anunciada a intenção de grupos extremistas em bombardear Baku
Por: Julia Bielskis
No dia 17, quinta-feira, teve início a crise, cujo tema principal foi a ameaça de grupos extremistas em atacar a capital do Azerbaijão, Baku, e qualquer chefe de estado da região do Cáucaso. O ápice do debate deu início quando foi anunciado o sequestro do líder de Nagorno-Karabakh.
O início das discussões ocorreu quando foi citada a possibilidade de uma intervenção militar na tentativa de defender a região, este projeto seria realizado com o envio de tropas por parte do grupo MINSK. Apesar da proposta não ser bem vista pelos delegados presentes, houve o acordo da utilização dessa medida somente em último caso.
A Armênia, em uma tentativa de conservar a vida do chefe de Nagorno-Karabakh, Bako Sahakyan, propôs o diálogo com o grupo extremista. Sua posição não foi bem vista pela Delegada do Azerbaijão, que alegou que só aceitaria a proposta se houvesse a supervisão do grupo MINSK, visto que a Armênia poderia utilizar este diálogo a seu favor.
Por volta das seis horas da tarde, o comitê viu a necessidade de agilizar a discussão, visto que, apesar da polícia já ter cercado o cativeiro onde se encontrava o líder, o grupo ameaçou bombardear Baku. Com isso, foi declarado que só seria realizado o debate com o grupo quando houvesse a soltura de Sahakyan.
Antes de ser anunciada a crise o comitê discutia a carta enviada pela Abecásia e Ossétia do Sul, que continha o relato de que a ajuda financeira seria aceita, porém o dinheiro deveria ser enviado diretamente aos dois países e não à Geórgia.
 Referente ao debate realizado nesta sexta-feira, o comitê espera a mesa se pronunciar sobre o que ocorreu no conflito após apresentada a solução da crise para que se possa seguir com os debates. Por enquanto o tema gira em torno da questão Nagorno-Karabakh.

No final da quinta sessão de ontem (17), os Delegados do Reino Unido, da França, Rússia, Israel e da Palestina apresentaram o sétimo documento de trabalho, declarando que se as políticas dos assentamentos judaicos na Palestina não fossem efetivas, Israel arcaria com as consequências de ter que retirar 10% de tais assentamentos. Além disso, a Palestina teria soberania de seu território, almejando a consonância para consolidar a paz entre as nações.

Governo sérvio ameaça mil reféns em Srebrenica e causa crise no CSNU

Após várias intervenções, Conselho de Segurança é posto à prova em uma série de desafios que desnortearam os delegados
Por: Luana de Moura
De ontem para hoje, os rumos do CSNU se alteraram. Com a visita do Secretário Geral da ONU e a crise em Srebrenica, os delegados se viram contra a parede tendo que resolver a intervenção militar sem o apoio da OTAN e enfrentar o cronômetro do governo sérvio duas vezes na busca por soluções.
Durante a 6a sessão, ocorrida em 15 de Julho de 1995, o Secretário Geral da ONU apareceu de surpresa para informar que a OTAN não estava disposta a participar da intervenção militar, por ser uma organização paralela e não subordinada. Também alertou: “Temos apenas uma bala nesse revólver para manter a paz”.
Pouco tempo depois da visita, o Secretário retornou e trouxe a delegação da Iugoslávia para explanarem melhor o seu posicionamento que, como já era esperado, se apresentou irredutível. Após uma descabida proposta iugoslava, o P5 foi omisso e diversas nações assumiram a linha de frente do comitê.
Hoje houve debates produtivos acerca de como os capacetes azuis sequestrados serão resgatados. Itália e Reino Unido se propuseram a enviar tropas aéreas e navais. Na sessão seguinte, a visita da delegação dos Países Baixos trouxe a crise: uma ofensiva sérvia chegaria na região de Srebenica por terra em uma hora e meia, e os delegados do CSNU tinham 1 hora para arquitetar um plano que contornasse tal situação. O Conselho optou por uma intervenção militar aérea e uma possível ofensiva terrestre.

Em resposta a essa intervenção, a delegação da Iugoslávia informou que o governo sérvio estava com 1000 reféns - entre eles bósnios e peacekeepers- e a cada 5 minutos 10 dos reféns seriam friamente fuzilados. Mais informações só poderão ser dadas quando a impressa for reintegrada ao CSNU.

Dilema sobre indenização causa polêmica no CIDH

Corte fala sobre indenização de famílias de guerrilheiros e gera discussão
Por: Pedro Fioretti
No decorrer da sessão do CIDH da tarde de ontem (17), foram discutidos os direitos dos familiares daqueles que morreram na guerrilha do Araguaia. Os Juízes falarão que o governo deveria pedir desculpa às famílias das vítimas, e entraram em um contraponto sobre indenização: quem pagaria? Uns disseram que é obrigação dos militares que os mataram, outros falaram que o PCB (Partido Comunista Brasileiro) que teria que arcar com as dívidas, já que eles os contrataram. V Ex.ª Mário Lemos fez a seguinte indagação: ”Para citar um exemplo histórico, pensem no contexto da Segunda Guerra Mundial: se um soldado russo morresse no front, quem paga a indenização à família? Os russos ou os alemães?”. Após essa declaração, os juízes passaram a discutir o valor da indenização.
Nesta manhã de sexta-feira, a questão sobre dinheiro continuou. A indenização liberada seria pela suposta renda que os desaparecidos forneceriam às famílias, de acordo com a Lei 9140, artigo 11. esta lei diz que a indenização constitui no pagamento de um valor único, que se multiplicaria pelo número de anos correspondente à expectativa de sobrevivência do desaparecimento, levando em consideração a idade à época do desaparecimento.

A sessão entrou em um debate moderado, que acabou culminando em uma discussão generalizada sobre o preço da indenização em salário mínimo. A Comissão ainda não chegou a um acordo quanto aos gastos com investigação, há a possibilidade de serem restituídos só os feitos após a competência da Corte (1998).

Crise faz UNESCAP reagir

Com direito a uma “visita solene”, acontecimento surge de forma esperada para os delegados
Por: Jonathan Felipe
Ontem, 17, os Delegados esestavam discutindo sobre crime de honra e crime hediondo, além da posição dos países em relação a eles, quando o comitê sofreu uma guinada: Marie Blomkovist, membro da Human Rights Watch (HRW), foi à UNESCAP e, após afirmar que os Delegados estavam agindo de forma incompetente, disparou: “Vocês são covardes! Estão sem postura, arrumando desculpas para ficarem na inércia! ”
Com isso, a mesa anunciou a crise e os Delegados buscaram diversas formas de montar o Press Release, que deveria conter, sobretudo, a resolução do Infanticídio no Irã e como conscientizações poderiam ser efetuadas de forma com que isso não voltasse mais a acontecer. Debates não moderados e semi-moderados foram usados, revelando mais um ponto fraco do comitê: a organização. O Delegado da Noruega impactou todo o comitê com a afirmação: “Os senhores Delegados poderiam parar de falar, e agir logo? É algo que estamos precisando. ”
Os Delegados conseguiram se ater ao tema e apresentaram sugestões de como a UNIFEM e seus representantes poderiam chegar ao meio rural, além das formas com isso seria possível e, obviamente, que impactos isso traria em relação a mídia, que foi usada por Marie como fonte de conhecimento em relação a improdutividade da UNESCAP.

Embora neste meio tempo tenha acontecido certa “bagunça” pelo comitê, o Press sugerido pela Delegada de Singapura foi exibido e alterado online à medida que sugestões aparecessem. Ele ressaltava a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Carta dos Direitos Humanos Islâmicos e da convenção da eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, e, assim sendo, através da votação de chamada, a unanimidade prevaleceu e o comitê se livrou de um grande abismo e de minutos de tensão.

Resolução ineficiente e morte de 7 funcionários da ONU marcam crise conjunta

Por: Heloísa Leme, Bianca Castilho e João Vítor Domingues
As sessões depois do almoço (17) foram bastante tumultuadas para o ACNUR e o SPECPOL. Por volta das 15h, ambos entraram em crise sobre o mesmo assunto, e a imprensa foi expulsa dos comitês. Nesse momento, os Delegados foram convocados a se juntarem no auditório para tentarem resolver o problema juntos e a imprensa foi recolocada no local.

Um vídeo feito pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), lançado na internet, chegou aos Delegados. Ele começou com o PKK se mostrando descontente com o governo sírio em relação ao envio de tropas à fronteira da Turquia com a Síria, colocando assim o povo curdo em risco. Após dizer que não iria mais tolerar esse tipo de atitude por parte dos sírios, o Partido revelou a existência de 14 reféns, que eram funcionários da ONU de várias nacionalidades. A cada 20 minutos, um deles seria brutalmente assassinado, com o prazo máximo de 2h30, causando assim a morte     do restante em sequência.
O cronômetro foi iniciado e, durante boa parte do debate, os Delegados foram redundantes e falhos. Poucas propostas apareceram, porém as mesmas foram muito criticadas pelos demais delegados, transformando a discussão em um ciclo vicioso enquanto o tempo se esgotava e mais mortes eram anunciadas. Os Delegados se sentiram pressionados em buscar uma resolução o mais rápido possível.


Quando a 7ª morte foi anunciada, faltavam 10 minutos para o prazo se encerrar, porém já havia uma proposta em pauta. Apesar de chegarem a uma resolução, a mesma não foi boa, inclusive por opinião de alguns Delegados. Felizmente, a resolução agradou ao PKK, apesar de concordarem que teriam melhores desfechos.