sexta-feira, 18 de julho de 2014

Coletiva de Imprensa

Após o término da Crise, quatro delegados foram convidados a responder algumas perguntas do Comitê de Imprensa: Nigéria e Egito, do ACNUR, e Geórgia e Síria, do SPECPOL.
CI: Gostaríamos de saber a opinião dos senhores sobre esse debate, visto que os senhores tiveram argumentos redundantes e entraram em um ciclo vicioso de debate. A resolução não se mostrou eficiente.
Nigéria: A questão dos Curdos é mais peculiar ao SPECPOL. Os principais envolvidos não entraram em consenso.
Geórgia: A ONU se mostrou ineficiente novamente. Essa resolução vai provocar um conflito arado na região.
CI: Os Senhores não perceberam que estavam perdendo tempo enquanto perdemos vidas?
Nigéria: Resoluções são recomendatórias, teríamos que mandar o documento de resolução para o CSNU e só ai a resolução seria mais rápida. Precisávamos também mandar cartas aos Chefes de Estado.
CI: Delegado da Síria, entre as nacionalidades dos sequestrados, havia apenas três reféns de países aliados, no caso, russos. O senhor acha que isso teve alguma influência para o senhor não ser flexível?

Síria: Realmente apenas a Rússia era aliada minha, porém não acho que teve influência pois eu poderia ter deixado o tempo se esgotar sem falar nada mas, em vez disso, procurei ajudar o comitê com tudo o Chefe De Estado me permitiu.

Estado Judeu recebe acusações

Mais uma vez, Israel viola os direitos humanitários da Palestina
Por: Maria Luiza Scalabrin e Heloisa Leme
Um dos últimos tópicos debatido no comitê foi o comprometimento de Israel e da Palestina em controlar as ações radicais dos grupos políticos extremistas. Após isso, foi proposta uma ideia que expressa parceria do Reino Unido, Nigéria e da Polônia com uma ONG (a mesma responsável por extinguir a fome no Malawi) que já sustenta projetos de paz na faixa de gaza.
Ainda neste documento de trabalho, foi retomado, por vários Delegados, que o comitê deveria focar no terrorismo, visto que se Israel e a Palestina não entrarem em um acordo, nenhum lado cessaria os ataques nem alcançaria o objetivo principal, que é assegurar a paz.

 Hoje (18), os Delegados trataram dos recursos hídricos. Já que Israel possui 80% do aquífero, solicitou-se que os dois países entrassem com um acordo igualitário e justo. Houve grande destaque do Delegado da Guiné, acusando Israel de destruir os poços de água da Palestina, de ser intolerante deixando-os morrerem de sede e receberem 70 litros de água por dia enquanto Israel recebe 300 litros. Isso comprova que Israel viola os direitos humanos dos palestinos. Alguns delegados concordaram que uma das soluções mais viáveis seria utilizar o rio Jordão, já outros não pelo fato dele, no momento, estar poluído e em estiagem.

Chefes de estados do Cáucaso sofrem ameaças

Foi anunciada a intenção de grupos extremistas em bombardear Baku
Por: Julia Bielskis
No dia 17, quinta-feira, teve início a crise, cujo tema principal foi a ameaça de grupos extremistas em atacar a capital do Azerbaijão, Baku, e qualquer chefe de estado da região do Cáucaso. O ápice do debate deu início quando foi anunciado o sequestro do líder de Nagorno-Karabakh.
O início das discussões ocorreu quando foi citada a possibilidade de uma intervenção militar na tentativa de defender a região, este projeto seria realizado com o envio de tropas por parte do grupo MINSK. Apesar da proposta não ser bem vista pelos delegados presentes, houve o acordo da utilização dessa medida somente em último caso.
A Armênia, em uma tentativa de conservar a vida do chefe de Nagorno-Karabakh, Bako Sahakyan, propôs o diálogo com o grupo extremista. Sua posição não foi bem vista pela Delegada do Azerbaijão, que alegou que só aceitaria a proposta se houvesse a supervisão do grupo MINSK, visto que a Armênia poderia utilizar este diálogo a seu favor.
Por volta das seis horas da tarde, o comitê viu a necessidade de agilizar a discussão, visto que, apesar da polícia já ter cercado o cativeiro onde se encontrava o líder, o grupo ameaçou bombardear Baku. Com isso, foi declarado que só seria realizado o debate com o grupo quando houvesse a soltura de Sahakyan.
Antes de ser anunciada a crise o comitê discutia a carta enviada pela Abecásia e Ossétia do Sul, que continha o relato de que a ajuda financeira seria aceita, porém o dinheiro deveria ser enviado diretamente aos dois países e não à Geórgia.
 Referente ao debate realizado nesta sexta-feira, o comitê espera a mesa se pronunciar sobre o que ocorreu no conflito após apresentada a solução da crise para que se possa seguir com os debates. Por enquanto o tema gira em torno da questão Nagorno-Karabakh.

No final da quinta sessão de ontem (17), os Delegados do Reino Unido, da França, Rússia, Israel e da Palestina apresentaram o sétimo documento de trabalho, declarando que se as políticas dos assentamentos judaicos na Palestina não fossem efetivas, Israel arcaria com as consequências de ter que retirar 10% de tais assentamentos. Além disso, a Palestina teria soberania de seu território, almejando a consonância para consolidar a paz entre as nações.

Governo sérvio ameaça mil reféns em Srebrenica e causa crise no CSNU

Após várias intervenções, Conselho de Segurança é posto à prova em uma série de desafios que desnortearam os delegados
Por: Luana de Moura
De ontem para hoje, os rumos do CSNU se alteraram. Com a visita do Secretário Geral da ONU e a crise em Srebrenica, os delegados se viram contra a parede tendo que resolver a intervenção militar sem o apoio da OTAN e enfrentar o cronômetro do governo sérvio duas vezes na busca por soluções.
Durante a 6a sessão, ocorrida em 15 de Julho de 1995, o Secretário Geral da ONU apareceu de surpresa para informar que a OTAN não estava disposta a participar da intervenção militar, por ser uma organização paralela e não subordinada. Também alertou: “Temos apenas uma bala nesse revólver para manter a paz”.
Pouco tempo depois da visita, o Secretário retornou e trouxe a delegação da Iugoslávia para explanarem melhor o seu posicionamento que, como já era esperado, se apresentou irredutível. Após uma descabida proposta iugoslava, o P5 foi omisso e diversas nações assumiram a linha de frente do comitê.
Hoje houve debates produtivos acerca de como os capacetes azuis sequestrados serão resgatados. Itália e Reino Unido se propuseram a enviar tropas aéreas e navais. Na sessão seguinte, a visita da delegação dos Países Baixos trouxe a crise: uma ofensiva sérvia chegaria na região de Srebenica por terra em uma hora e meia, e os delegados do CSNU tinham 1 hora para arquitetar um plano que contornasse tal situação. O Conselho optou por uma intervenção militar aérea e uma possível ofensiva terrestre.

Em resposta a essa intervenção, a delegação da Iugoslávia informou que o governo sérvio estava com 1000 reféns - entre eles bósnios e peacekeepers- e a cada 5 minutos 10 dos reféns seriam friamente fuzilados. Mais informações só poderão ser dadas quando a impressa for reintegrada ao CSNU.

Dilema sobre indenização causa polêmica no CIDH

Corte fala sobre indenização de famílias de guerrilheiros e gera discussão
Por: Pedro Fioretti
No decorrer da sessão do CIDH da tarde de ontem (17), foram discutidos os direitos dos familiares daqueles que morreram na guerrilha do Araguaia. Os Juízes falarão que o governo deveria pedir desculpa às famílias das vítimas, e entraram em um contraponto sobre indenização: quem pagaria? Uns disseram que é obrigação dos militares que os mataram, outros falaram que o PCB (Partido Comunista Brasileiro) que teria que arcar com as dívidas, já que eles os contrataram. V Ex.ª Mário Lemos fez a seguinte indagação: ”Para citar um exemplo histórico, pensem no contexto da Segunda Guerra Mundial: se um soldado russo morresse no front, quem paga a indenização à família? Os russos ou os alemães?”. Após essa declaração, os juízes passaram a discutir o valor da indenização.
Nesta manhã de sexta-feira, a questão sobre dinheiro continuou. A indenização liberada seria pela suposta renda que os desaparecidos forneceriam às famílias, de acordo com a Lei 9140, artigo 11. esta lei diz que a indenização constitui no pagamento de um valor único, que se multiplicaria pelo número de anos correspondente à expectativa de sobrevivência do desaparecimento, levando em consideração a idade à época do desaparecimento.

A sessão entrou em um debate moderado, que acabou culminando em uma discussão generalizada sobre o preço da indenização em salário mínimo. A Comissão ainda não chegou a um acordo quanto aos gastos com investigação, há a possibilidade de serem restituídos só os feitos após a competência da Corte (1998).

Crise faz UNESCAP reagir

Com direito a uma “visita solene”, acontecimento surge de forma esperada para os delegados
Por: Jonathan Felipe
Ontem, 17, os Delegados esestavam discutindo sobre crime de honra e crime hediondo, além da posição dos países em relação a eles, quando o comitê sofreu uma guinada: Marie Blomkovist, membro da Human Rights Watch (HRW), foi à UNESCAP e, após afirmar que os Delegados estavam agindo de forma incompetente, disparou: “Vocês são covardes! Estão sem postura, arrumando desculpas para ficarem na inércia! ”
Com isso, a mesa anunciou a crise e os Delegados buscaram diversas formas de montar o Press Release, que deveria conter, sobretudo, a resolução do Infanticídio no Irã e como conscientizações poderiam ser efetuadas de forma com que isso não voltasse mais a acontecer. Debates não moderados e semi-moderados foram usados, revelando mais um ponto fraco do comitê: a organização. O Delegado da Noruega impactou todo o comitê com a afirmação: “Os senhores Delegados poderiam parar de falar, e agir logo? É algo que estamos precisando. ”
Os Delegados conseguiram se ater ao tema e apresentaram sugestões de como a UNIFEM e seus representantes poderiam chegar ao meio rural, além das formas com isso seria possível e, obviamente, que impactos isso traria em relação a mídia, que foi usada por Marie como fonte de conhecimento em relação a improdutividade da UNESCAP.

Embora neste meio tempo tenha acontecido certa “bagunça” pelo comitê, o Press sugerido pela Delegada de Singapura foi exibido e alterado online à medida que sugestões aparecessem. Ele ressaltava a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Carta dos Direitos Humanos Islâmicos e da convenção da eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, e, assim sendo, através da votação de chamada, a unanimidade prevaleceu e o comitê se livrou de um grande abismo e de minutos de tensão.

Resolução ineficiente e morte de 7 funcionários da ONU marcam crise conjunta

Por: Heloísa Leme, Bianca Castilho e João Vítor Domingues
As sessões depois do almoço (17) foram bastante tumultuadas para o ACNUR e o SPECPOL. Por volta das 15h, ambos entraram em crise sobre o mesmo assunto, e a imprensa foi expulsa dos comitês. Nesse momento, os Delegados foram convocados a se juntarem no auditório para tentarem resolver o problema juntos e a imprensa foi recolocada no local.

Um vídeo feito pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), lançado na internet, chegou aos Delegados. Ele começou com o PKK se mostrando descontente com o governo sírio em relação ao envio de tropas à fronteira da Turquia com a Síria, colocando assim o povo curdo em risco. Após dizer que não iria mais tolerar esse tipo de atitude por parte dos sírios, o Partido revelou a existência de 14 reféns, que eram funcionários da ONU de várias nacionalidades. A cada 20 minutos, um deles seria brutalmente assassinado, com o prazo máximo de 2h30, causando assim a morte     do restante em sequência.
O cronômetro foi iniciado e, durante boa parte do debate, os Delegados foram redundantes e falhos. Poucas propostas apareceram, porém as mesmas foram muito criticadas pelos demais delegados, transformando a discussão em um ciclo vicioso enquanto o tempo se esgotava e mais mortes eram anunciadas. Os Delegados se sentiram pressionados em buscar uma resolução o mais rápido possível.


Quando a 7ª morte foi anunciada, faltavam 10 minutos para o prazo se encerrar, porém já havia uma proposta em pauta. Apesar de chegarem a uma resolução, a mesma não foi boa, inclusive por opinião de alguns Delegados. Felizmente, a resolução agradou ao PKK, apesar de concordarem que teriam melhores desfechos.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Discussão na CIDH gira em torno da lei da anistia

Por: Pedro Fioretti
Hoje o clima começou tenso no CIDH (Comite Internacional dos Direitos Humanos). Durante o debate, houve uma comparação com o caso atual sobre a morte dos 70 guerrilheiros na região do Rio Araguaia e o julgamento de Nuremberg..
Os juízes disseram que para julgar esse caso estão sendo instruídos com o seus lados jurídicos e de cidadãos. Durante a sessão foi muito citada a lei de Anistia que comecou a se tornar mais convencional. Um ponto muito forte no qual parte do comitê concordou foi o grande debate em que a Magistral Juliana Serrano apresentou a definição sobre crimes conexos, que, segundo certos membros, estava errada. 
Grande parte da discussão se baseia no fato da lei ser revogada depois dos desaparecimentos forçados terem ocorrido. Em entrevista, as Juízas Marcella Torres, Beatriz Hinkelmann e Maria Catarina Borges foram indagadas sobre seus pontos de vista e afirmaram “Estamos ainda indecisas, foram usados muitos bons argumentos de ambos os lados”.

Delegada do Iraque se contradiz em relação ao suporte militar e cria tensão no comitê

Por: João Vítor Domingues
Declaração dada pela Delegada causou a revolta de alguns Delegados por “fugir completamente de sua política externa”
A situação ficou muito complicada no comitê da SPECPOL no segundo dia de sessões. A Delegada do Iraque insistiu em recusar o apoio militar sugerido pelos demais, e o Delegado da França a acusou de fugir de sua política externa, pois o Presidente do Iraque clamou, através da mídia internacional, por apoio militar de outros países no mês passado. Esta notícia causou certa revolta de vários Delegados, entre eles Costa Rica e Geórgia.
Em entrevista para o jornal, os representantes da Geórgia e da França não pouparam palavras para se expressar sobre o caso. O Delegado da França afirmou que a representante do Iraque está ignorando o pedido do seu próprio Presidente e que isso era um absurdo. Já o Delegado da Geórgia foi mais adiante, disse que a Delegada “não tinha noção do perigo” e fez duras críticas ao exército iraquiano, “O Iraque precisa de tropas, eles se mostraram ineficientes em lidar com esses jihadistas. Nós temos as tropas iraquianas fugindo! Eles não estão lutando. O Iraque não está pronto. O Iraque NUNCA esteve pronto”.

UNESCAP caminhando em direção ao alvo

Ontem, Delegadas da França, Singapura, Reino Unido e Indonésia foram as principais opositoras as propostas do Delegado Norte Coreano. Tautologia em relação a temas como Fundos, Cultura e Política interna também são notórios. 
Por: Jonathan Felipe
A Continuação dos Debates no comitê UNESCAP ocorreu normalmente, mas uma progressão em relação ao tema demorou a acontecer. O que ficou claro foi a insistência dos Delegados que estavam debatendo temas como cultura e sua influência sobre o aborto seletivo e como auxílio econômico ajudaria não só os países necessitados como os fornecedores, o que fez o debate ficar estagnado nestes pontos por um tempo relevante.
No fim do dia, o comitê começou a se acalorar, a Delegada da Indonésia chegou a solicitar que os Delegados presentes ignorassem a impolidez do Delegado Norte-coreano, devido a suas posições em relação ao Ocidente. A di mostrou o novo rumo que o comitê estava tomando.

Hoje, a quinta sessão foi uma das melhores já realizadas pelo comitê até agora. Destaque para a boa argumentação dos Delegados, que embora continuassem de maneira repetitiva em relação a Política de Filho Único, conseguiram realizar um progresso no assunto. Comitê que está aos poucos, atingindo o seu principal objetivo.  

Qual a importância da GUAM no conflito de Nagorno-Karabakh?

O foco do comitê foi questionar a imparcialidade do grupo nos conflitos do Cáucaso 
            Por: Júlia Bielskis
Os debates realizados no início dessa quarta (17), no comitê DSI, teve como foco o questionamento dos delegados para importância do grupo GUAM. Tendo como alvo a influência que este grupo exerce no caso de Nagorno-Karabakh. O GUAM atualmente contém a participação da Geórgia, Ucrânia, Azerbaijão e Moldávia.
A preocupação principal dos delegados foi por conta da presença do Azerbaijão neste grupo, já que o país em questão está em conflito com a Armênia, disputando o território de Nagorno-Karabakh. Também foi questionada pelo Delegado de Marrocos a ação do grupo Minsk, já que nele contem a participação da Rússia, e a mesma é responsável por fornecer armas para ambos os lados.
O conflito da Geórgia atua em torno de duas regiões, a Ossétia do Sul e Abecásia, que sofreram pela entrada de russos tentando realizar a independência de ambos os países. O comitê pensava em uma intervenção militar por parte da União Europeia, tendo como objetivo a pacificação, porém o projeto não foi aprovado pela União.

Iniciando pelo básico, discussões no ACNUR progridem

      Delegados trouxeram importantes soluções aos quesitos básicos
Por: Bianca Castilho 
No ACNUR, durante a terceira, quarta e quinta sessões, os focos do debate foram variados, o comitê acabou se perdendo por conta da ausência de alguns Delegados e da falta de decoro em debates não moderados. Para as questões de saneamento básico, foram sugeridos o uso de fossas, para o rápido acesso a água, e de latrinas, para o escoamento de excreção, garantindo também a diminuição da vulnerabilidade as doenças.
Em relação à questão da moradia, houve a preocupação de que as tendas não eram adeptas ao clima Turco, por conta disso pediu-se o auxílio dos Estados Unidos e do Reino Unido com o envio de melhores tendas. Tendas acrílicas, que seriam ideais para esse caso, foram sugeridas pelo delegado da Nigéria.
Quanto a saúde, a Turquia constatou a dificuldade no recebimento dos remédios, e foi indicado o uso de transportes para diminuir a distância entre os trilhos e os campos, mas a medida precisaria da autorização Turca. Formou-se uma Aliança entre França, EUA, Alemanha, Reino Unido e Israel para a produção e envio dos medicamentos. A Bielorrússia e a Geórgia sugeriram campanhas de divulgação e prevenção de doenças.

Proposta de resolução começa a ser elaborada

’Deveríamos nos preocupar com os problemas humanitários’’
Por Maria Luiza Scalabrin e Heloísa Leme
Após a discussão de ontem, 16, os Delegados do SOCHUM chegaram a um consenso em relação à agenda. Entretanto, a falta de tolerância de ambos lados impediu uma resolução rápida, ainda na 3ª sessão. A Delegada francesa deixou explícito que há territórios palestinos com assentamentos judeus nos quais existem pontos de fiscalização onde apenas os israelenses podem circular livremente, enquanto os palestinos precisam de autorização governamental. Isso indica, portanto, uma violação da liberdade de transitar, garantida pela ONU à Palestina.
A Delegação da Índia propôs a Israel que pagasse uma indenização aos palestinos pelos danos físicos e materiais causados recentemente. O comitê, por sua vez, se encaminhou para uma resolução na qual todos deveriam deixar Israel e Palestina livres para entrarem em um acordo sobre o primeiro tópico da agenda, vetando a entrada de israelenses em terra palestina com a expulsão destes em até 10 anos.
Os Delegados do Brasil, Bielorrússia, Indonésia e Azerbaijão se mobilizaram para elaborar uma proposta de resolução da notícia apresentada pela mesa, recomendando que todos do comitê não deveriam se preocupar com o deslocamento. A mobilização é encargo do ACNUR, já os problemas sociais, culturais e humanitários são de responsabilidade do SOCHUM. Os quatro países, contudo, só estavam propondo uma ideia e declarando que estão de braços abertos para receber aqueles que necessitam de ajuda. Como dito pela Delegada da Indonésia, “é só uma sugestão”


Os diplomatas que abriram mão da diplomacia

“Os senhores esqueceram dos bósnios muçulmanos que estão morrendo” 
Por Luana de Moura
A frase do delegado da Indonésia resume bem a prolixidade do comitê, mais preocupados com conceitos bobos e burocracia do que com as vidas – dos bósnios e dos peacekeepers – que deveriam salvar. O conceito de diplomacia e como os delegados deveriam abrir mão dela foi insistentemente debatido e termos, como peacebuilding, saturados.
Para resolver os problemas emergenciais, o comitê em sua maioria aprovou (com todos os p5 sendo signatários) um Press Relise precipitado. Foi necessário que um membro da OTAN discursasse no comitê informando que o governo sérvio considerou o documento “ridículo”, para que os delegados se lembrassem que o comitê tem caráter mandatório e por isso suas ações deveriam ser mais assertivas.
No dia 13/07/95, foi apresentada uma notícia preocupante do jornal The New York Times. A notícia comunicava sobre o extermínio de milhares de bósnios, incluindo uma foto com vários corpos empilhados. No último parágrafo um explícito pedido de ajuda, foi pouco debatido pelos Delegados, que apenas mencionaram a notícia em seus discursos. Claramente, o menor dos problemas do CSNU é dificuldade de pronunciar o nome da cidade Srebrenica.



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Medidas à curto prazo e prioridades de ação causam divergência no CSNU

A forma de intervir em Srebrenica tem sido muito debatida à medida que qualquer decisão errada será trágica
Por Luana de Moura
O CSNU está debatendo medidas para que outras mortes na cidade de Srebrenica, na Bósnia, sejam evitadas. Os debates estão girando, principalmente, em torno do envio de recursos básicos e de como será feita a intervenção militar no território. Neste momento, em plenos anos 90, a população mulçumana da Bósnia passa por uma espécie de limpeza étnica, que chegou ao seu ápice com um massacre na cidade de Srebrenica, onde cerca de 8.000 civis já foram assassinados.
Medidas imediatistas têm sido o principal ponto de divergência entre os Delegados e ações como bombardear as vias que levam à cidade e enviar suporte aéreo têm sido polêmicas no comitê. Durante os debates, os Delegados da Nigéria e de Ruanda mencionaram ações passadas da ONU que não foram efetivas e ocasionaram tragédias, mas tópicos como a imprudência de ações passadas nessa região e da ineficiência dos peacekeepers não foram levantados plenamente.

Sugestão dada pelo delegado da Nigéria marca a primeira sessão com discussões fortes e tensão entre os delegados

“Por hora, enviem capacetes azuis onde há povos curdos para protegê-los dos terroristas situados entre o Iraque e a Síria”, sugere delegado no comitê da SPECPOL
Por João Vítor Domingues
A primeira sessão da SPECPOL, que aborda como tema a questão curda e seus reflexos na sociedade atual, teve em seus primeiros discursos um princípio de tensão. Após o Delegado da Nigéria sugerir que fossem enviadas tropas da OTAN para proteger os povos curdos, que se encontram entre a Síria e o Iraque, o comitê não entrou em um acordo, pois havia preocupação quanto aos grupos terroristas presentes nessa área.
As posteriores discussões geraram divergências, já que as delegadas da China e da Argentina afirmaram que há outras formas de solucionar este problema, e que enviar mais tropas em lugares nos quais já há relatos de terrorismo, causariam um genocídio. Estas afirmações foram ratificadas pelos próprios delegados da Síria e do Iraque, que não aprovam a sugestão dada. Entretanto, nenhuma outra sugestão foi levantada e o debate não saiu do lugar.

Começo intrigante, preciso e didático: o início dos debates do UNESCAP

Delegados ressaltam assuntos como identidade de gênero e reinserção da mulher na sociedade no primeiro dia de debates
Por Jonathan Felipe
O dia 16 de Julho de 2014 marcou o início dos debates na Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacifico (UNESCAP), comitê que tratara do Aborto Seletivo de Infanticídio Feminino na Ásia.
Ficou claro o anseio dos delegados presentes em estabelecer soluções precisas e eficazes. Além de ser atual, este problema atinge uma parte significativa de mulheres ao redor do mundo, por ser um assunto acima de tudo, feminino. Não obstante, ficou observável no discurso inicial da primeira sessão a diversidade de informações dos delegados em relação ao tratamento da situação do tema em seus países.
A primeira sessão atingiu o seu clímax com três palavras: Propostas de Agendas. O comitê se mostrou muito dividido entre qual Agenda escolher. Uma, formulada pela delegação da Malásia, se caracterizou por seus tópicos detalhados e grande especificidade de assuntos, e foi muito criticada por seus sub-tópicos. Outra, formulada pela delegação de Singapura, foi mais curta e abrangente. Nenhuma foi escolhida e a proposta da Mesa foi ratificada.

Será que pequenos avanços no ACNUR podem garantir direitos dos refugiados sírios?

Discursar é fácil, difícil é implementar uma lei efetiva – o comitê demora a engrenar
Por Bianca Castilho

Na primeira sessão do ACNUR diversos tópicos foram citados, sendo a regulamentação dos sírios pela Turquia o mais pertinente. Outros assuntos levantados que devem ser discutidos mais a fundo foram a destinação de verbas aos países acolhedores, a continuação do auxílio e o seu desenvolvimento. 
Além da falta de documentos, especificamente na Turquia, os refugiados são reconhecidos somente como visitantes. Ao não reconhecê-los como “refugiados”, a Turquia consegue burlar os direitos internacionais, impedindo os sírios de terem uma vida digna.

A União Europeia (U.E.) também foi criticada, pois a quantidade de deslocados assistidos por ela é pequena quando comparada aos países vizinhos da Síria. Essa parcela reduzida é causada pela dificuldade enfrentada na retirada, por conta, principalmente, da distância, porém, como citado por alguns delegados, há ONGs que podem driblar os problemas do deslocamento.

Israel e Palestina: a discussão ainda permanece aberta

As sessões do SOCHUM foram marcadas por acusações entre os envolvidos
Por Maria Luiza Scalabrin e Heloísa Leme
No início do debate do Comitê social, cultural e humanitário da assembleia geral da ONU frisou-se a garantia de paz. Ao decorrer dos discursos iniciais, os Delegados deixaram bem definidas as posições de seus países. A Delegada da Palestina sugeriu a Israel que revisse o território ocupado por eles, com o objetivo de conseguir retirar os judeus do seu território. Uma vez que várias famílias palestinas são obrigadas frequentemente, por motivos infortunos, a se afugentarem de seus lares, sofrem preconceito e sentem medo constantemente em suas mudanças. Como dito pelo Delegado belga em um discurso, Israel viola os direitos humanos e de soberania territorial palestina. Apesar do resultado da discussão ter sido positivo inicialmente, os Delegados perderam o foco quando passaram a abordar a questão da agenda.

Têm início os debates do comitê de Desarmamento e Segurança Internacional


O enfoque principal do comitê é o conflito territorial entre a Armênia e Azerbaijão
Por Júlia Bielskis
O dia 16 de julho foi marcado pelo início dos debates no comitê DSI (Desarmamento e Segurança Internacional) que visa em discutir os atuais conflitos ocorrentes na região do Cáucaso, localizada entre o Mar Negro e Cáspio, onde o principal conflito a ser debatido é em torno de Nagorno-Karabakh. Um dos principais tópicos debatidos foi a influência cultural que a Armênia exerce no Nagorno-Karabakh.
Foi levado em consideração o fato da região do Nagorno-Karabakh ter grandes influências culturais armênicas, e como os habitantes desse local já sofreram preconceitos quando o local fazia parte do Azerbaijão. Foi discutido até que ponto a economia seria mais importante que a cultura. 
O Advogado da China se colocou a favor da Armênia nessa questão, discursando sobre a opção que a Armênia tinha em pegar empréstimos de bancos, caso se torne necessário investir no país, e deixando claro sua posição de que não é necessário dar tanta importância para a parte econômica, mas sim à parte cultural, que é algo próprio da região.

Um dos ápices do debate foi quando o delegado dos Estados Unidos culpou a Rússia de ter colaborado no conflito ao disponibilizar armas para ambos os países. Após essa discussão, o delegado da Austrália apresentou projetos de desarmamento cujo objetivo é investigar o uso de armas químicas na região.

Maria Lucia Petit: caso encerrado evidencia negligência em relação aos “anos de chumbo”

Por Pedro Fioretti
A sessão do CIDH do dia de hoje (16 de julho) tratou do caso de Maria Lucia Petit, professora dada como desaparecida durante a ditadura civil-militar. A votação sobre a competência da corte em julgar seu assassinato terminou com 8 juízes preferindo dar o assunto como encerrado – já que os restos mortais de Petit foram encontrados antes da promulgação da lei de anistia brasileira -, enquanto dois mostraram interesse em discutir o acontecimento novamente.
Sobre o fato da família reclamar direitos sobre a vítima, a corte foi unânime. Entretanto, nem todos os juízes já tem uma opinião formada a respeito deste caso. Um juiz que preferiu não se identificar declarou: “Eu ainda não assumi nenhuma posição oficial, estou formando ideias e ouvindo opiniões da corte. Porém, acredito que o direito à memória e a verdade são de mera importância”.

DESIM

Diferentemente de todas outras edições do SPMUN, este ano o secretariado administrativo possui a parceria do Instituto DESIM - Debates e Simulações para a realização da infraestrutura de eventos e logística. O Instituto realiza simulações personalizadas em colégios particulares e públicos no Estado de São Paulo e foi criado por três jovens universitários com experiência em debates, tendo atuado tanto como delegados e quanto como mesa diretora.

Iniciam-se as atividades do V SPMUN

Ontem, dia 15 de julho, a tradicionalíssima Universidade ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), situada na região da Vila Mariana, recebeu a quinta edição do SPMUN, um dos modelos de simulação das Nações Unidas mais reconhecidos do país. Após as apresentações dos comitês e revisões de regras, os presentes tiveram a honra de assistir à Cerimônia de Abertura do evento, que aconteceu no auditório principal da faculdade.
A bancada de apresentação, formada por Hiran Castello Branco, vice-presidente institucional da ESPM, Jean Carlos Summa, diretor do centro de Informações das Nações Unidas no Brasil, Gilberto Carvalho, ministro-chefe da secretaria geral da presidência da República e Joane Vilela, secretaria adjunta de educação, discursou sobre a importância de um modelo das Nações Unidas para jovens e estudantes, ressaltando, eventualmente, a necessidade de abordar problemáticas referentes às minorias – tema do SPMUN deste ano.
Depois das devidas falas e apresentações dos convidados, foi a vez dos secretários gerais, João Pedro Prado e Beatriz Krieger, discursarem sobre o evento, dando explicações gerais do projeto e gratificando todos por participarem da iniciativa. Após os agradecimentos, Bia Krieger bateu o martelo, decretando, dessa maneira, abertas as atividades do V SPMUN.