sexta-feira, 18 de julho de 2014

Governo sérvio ameaça mil reféns em Srebrenica e causa crise no CSNU

Após várias intervenções, Conselho de Segurança é posto à prova em uma série de desafios que desnortearam os delegados
Por: Luana de Moura
De ontem para hoje, os rumos do CSNU se alteraram. Com a visita do Secretário Geral da ONU e a crise em Srebrenica, os delegados se viram contra a parede tendo que resolver a intervenção militar sem o apoio da OTAN e enfrentar o cronômetro do governo sérvio duas vezes na busca por soluções.
Durante a 6a sessão, ocorrida em 15 de Julho de 1995, o Secretário Geral da ONU apareceu de surpresa para informar que a OTAN não estava disposta a participar da intervenção militar, por ser uma organização paralela e não subordinada. Também alertou: “Temos apenas uma bala nesse revólver para manter a paz”.
Pouco tempo depois da visita, o Secretário retornou e trouxe a delegação da Iugoslávia para explanarem melhor o seu posicionamento que, como já era esperado, se apresentou irredutível. Após uma descabida proposta iugoslava, o P5 foi omisso e diversas nações assumiram a linha de frente do comitê.
Hoje houve debates produtivos acerca de como os capacetes azuis sequestrados serão resgatados. Itália e Reino Unido se propuseram a enviar tropas aéreas e navais. Na sessão seguinte, a visita da delegação dos Países Baixos trouxe a crise: uma ofensiva sérvia chegaria na região de Srebenica por terra em uma hora e meia, e os delegados do CSNU tinham 1 hora para arquitetar um plano que contornasse tal situação. O Conselho optou por uma intervenção militar aérea e uma possível ofensiva terrestre.

Em resposta a essa intervenção, a delegação da Iugoslávia informou que o governo sérvio estava com 1000 reféns - entre eles bósnios e peacekeepers- e a cada 5 minutos 10 dos reféns seriam friamente fuzilados. Mais informações só poderão ser dadas quando a impressa for reintegrada ao CSNU.

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