quinta-feira, 17 de julho de 2014

Os diplomatas que abriram mão da diplomacia

“Os senhores esqueceram dos bósnios muçulmanos que estão morrendo” 
Por Luana de Moura
A frase do delegado da Indonésia resume bem a prolixidade do comitê, mais preocupados com conceitos bobos e burocracia do que com as vidas – dos bósnios e dos peacekeepers – que deveriam salvar. O conceito de diplomacia e como os delegados deveriam abrir mão dela foi insistentemente debatido e termos, como peacebuilding, saturados.
Para resolver os problemas emergenciais, o comitê em sua maioria aprovou (com todos os p5 sendo signatários) um Press Relise precipitado. Foi necessário que um membro da OTAN discursasse no comitê informando que o governo sérvio considerou o documento “ridículo”, para que os delegados se lembrassem que o comitê tem caráter mandatório e por isso suas ações deveriam ser mais assertivas.
No dia 13/07/95, foi apresentada uma notícia preocupante do jornal The New York Times. A notícia comunicava sobre o extermínio de milhares de bósnios, incluindo uma foto com vários corpos empilhados. No último parágrafo um explícito pedido de ajuda, foi pouco debatido pelos Delegados, que apenas mencionaram a notícia em seus discursos. Claramente, o menor dos problemas do CSNU é dificuldade de pronunciar o nome da cidade Srebrenica.



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